Da inovação à rotina: Ilusões, dificuldades e frustrações entre docentes de educação primária
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.32.8765Palavras-chave:
gramática da escolaridade, micropolítica da escola, inovação docente, educação primária, estratégias pedagógicasResumo
Para algumas linhas de pesquisa, a dificuldade em introduzir metodologias ativas na sala de aula estaria relacionada às carências formativas dos professores, que não saberiam ver os benefícios que essas metodologias trazem ou não saberiam colocá-las em prática. A partir de uma pesquisa qualitativa de caráter etnográfico em duas escolas públicas bilíngues da Andaluzia, com uma mistura variável de alunos de classe média e classe média-baixa, investigamos essas suposições e observamos que relação existe entre a permanência dessas práticas de inovação e sua adequação à gramática da escolaridade e ao entrelaçamento micropolítico da escola. Os resultados mostram que as tentativas de introdução dessas metodologias por parte de um grupo de docentes novatos que busca o apoio de profissionais para melhorar suas práticas implicam o abandono dos dispositivos mais eficazes para manter a legitimidade de sua própria posição frente às intenções e interesses de outros agentes. As dificuldades geradas por essa dinâmica provocam a descredibilidade dos grupos especialistas entre o corpo docente e o surgimento de um conjunto de estratégias pedagógicas de caráter local, distantes das prescrições especializadas.
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