Visões, tensões e resultados. A nova governação da Educação nas Honduras
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.v21n3.2013Palavras-chave:
Estado, governação, modernização, desconcentração, participação cidadãResumo
Em consequência da crise da dívida e por influência dos organismos supranacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, a partir dos anos 1980, a América Latina experimentou uma série de reformas para substituir o Estado desenvolvimentista e lançar as bases de um novo modelo sustentado na governação. Neste enquadramento, este artigo analisa as mudanças ocorridas no sistema educativo hondurenho, nos últimos vinte anos, por influência dum processo iniciado em 1990, conhecido como modernização da Educação, e continuado em 1996, com a desconcentração administrativa dos niveles de educação, prebásica, básica e média. O texto analisa as características singulares que adquire um fenómeno desta natureza num país com tantas contradições sociais, políticas e económicas como as Honduras, e em condições nas quais o sistema educativo ainda não conseguiu dar respostas às grandes exigências de uma sociedade marcada pela exclusão. O balanço do período analisado dá conta das disparidades entre las expectativas duma política educativa, concebida para ter impactos no sistema de forma integral e os modestos resultados alcanzados.