DESAFIOS DA FORMAÇÃO DOCENTE NO CURSO DE PEDAGOGIA: aligeiramento e pragmatismo
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.v21n84.2013Palavras-chave:
Reformas educacionais, Formação de professores, Curso de Pedagogia, Relação teoria-prática, Práxis humanizadora.Resumo
O artigo analisa as recentes políticas de formação de professores no Brasil em suas correlações com o trabalho e a profissão docente. Discute essa formação a partir das diretrizes traçadas pelo Banco Mundial na década de 1990, para a reforma do ensino superior nos chamados países em desenvolvimento, enfocando momentos decisivos para a implantação das políticas educacionais sob os pressupostos neoliberais. Estes operam a uma “nova” valorização da educação nesta fase de reestruturação do capitalismo, no sentido do esvaziamento da educação escolar; desfertilização da escola; desintelectualização do professor; aligeiramento, fragmentação e esvaziamento do conteúdo no processo de formação docente e à recontextualização, aos novos ditames, da relação teoria-prática. As reformas pós-LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/1996), no que tangem à formação de professores, são analisadas em relação aos processos de reestruturação produtiva; ao debate sobre um novo paradigma do conhecimento e à relação teoria e prática nos cursos de formação. Nesse sentido, analisa a relação teoria-prática em face às Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia (DCNCP), tendo como enfoque o Curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista, Campus de Marília, em seu processo de reestruturação. Formação ampla no que tange à atuação do licenciado, mas restrita quanto aos conteúdos oferecidos, torna improvável, em quatro anos, formação aprofundada para as atribuições previstas. Discutindo essas correlações, aponta perspectivas de formação humanizadora e crítica. Por fim, apresenta algumas conclusões preliminares considerando avaliação dos discentes do curso.