América Latina em contextos de inestabilidade e precariedade: Análises e perspectivas sobre a situação educativa e laboral das novas gerações
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.v22n39.2014Palavras-chave:
jovens, educação, processos de transição, mercado de trabalho, estratificação social, desigualdade econômica, América LatinaResumo
O processo inicial de fortalecimento das reformas políticas estruturais na América Latina, durante a década de 1990, reconfigurou paradigmaticamente o espaço social, afetando os processos de participação social e inclusão de jovens tanto no sistema educativo, como no mercado de trabalho. Neste contexto, a desigualdade social estrutural, junto com a estratificação das oportunidades de participação social em relação aos bens materiais e simbólicos e a pobreza se instalaram e ainda hoje são considerados como fatores condicionantes da forma pela qual os jovens vivem, enfrentam e projetam de forma individual e coletiva suas possibilidades de inclusão social. Desde a instauração dos governos de orientação política progressista (nova esquerda latino-americana) na região se apostou por uma maior intervenção pública em matéria de assistência e compensação social para superar as defasagens educativas e a exclusão social. Não obstante, a falta de visibilização da multiplicidade de situações e contextos socio-históricos de vida contribuiu para restringir a objetivação de direitos e demandas no terreno social, educativo e laboral e dificultou o avanço a uma maior inclusão e coesão social, especialmente para os setores mais desprotegidos e vulneráveis.