Conhecimento escolar, ciência, instituição e democracia
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.v22n21.2014Palavras-chave:
currículo como construção sociohistórica, discursos da voz, experiência e conhecimento académico, educação democrática.Resumo
As escaramuças dialéticas provocadas pelo flamejante discurso das “competências” não contribuiu para retirar o debate sobre o conhecimento escolar da sua atonia atual. Entre outras razões, pela sua perspetiva insuficiente, pelas suas omissões notórias e por reduzir os termos deste debate a um dualismo superficial e desmemorizado. Urge, por isso, continuar a repensar e a problematizar o currículo. Com esta finalidade, o que este artigo propõe é ampliar o olhar com outros níveis de análise que permitam fazer aflorar e “desfamiliarizar” as pressuposições tácitas acerca da natureza e da dinâmica do currículo que costumam tomar-se por assentes. Neste sentido, argumentar-se-á em favor da necessidade imperiosa de outro tipo de aproximação “ontológica”, diferente da convencional mas cautelosa, em qualquer caso, com algumas derivas pós-convencionais.