Planejamento linguístico e educação bilíngue Maia Iucatã, em Iucatão
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.28.5136Palavras-chave:
padronização linguística, educação bilíngue, maia iucatã, México, professores de línguas indígenas, Iucatão, maia, política linguística, etnografia, interação em sala de aulaResumo
O acelerado declínio das línguas indígenas representa um dos tópicos mais problemáticos dentro da linguística aplicada. A implementação do planejamento de línguas indígenas por meio das práticas pedagógicas dos professores é uma questão importante, porém pouco pesquisada. Este estudo etnográfico examina um programa de língua maia (que é de desenvolvimento profissional) para 1.600 professores do sistema de Educação Intercultural e Bilíngue Iucatã (EIB), e das escolas de ensino primário e secundário nas comunidades onde a língua maia é falada. Utilizando dados longitudinais (2010-2016), a análise focou na criação e promulgação das Normas de Escrita para a língua maia (2014) e na política linguística relacionada. Os resultados ilustram 1) a importância do aumento da quantidade de professores falantes da língua maia, e 2) um conflito entre a variação ortográfica generalizada da língua maia e o padrão linguístico-cultural dos professores. A nova norma ainda não foi implementada pelo EIB, que ainda não requer, na prática, a proficiência dos professores em língua maia. Essa pesquisa discute possíveis benefícios e riscos de um padrão da língua maia para o EIB.