Uma protopia para a universidade brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14507/epaa.28.5525

Palavras-chave:

Universidade, Reforma, Autonomia

Resumo

Numa perspectiva histórico-crítica e com base na série semântica utopia-atopia-distopia-protopia, analisa-se o projeto Future-se apresentado pelo Ministério da Educação do Brasil para a reforma das Universidades Federais. Nessa perspectiva, em primeiro lugar, propõe-se a caracterização de dois modelos distintos de Universidade, surgidos no momento de consolidação do poder político da burguesia, sendo um desses modelos utópico e o outro, atópico. Em segundo lugar, descreve-se a evolução histórica da Universidade no Brasil, até chegar à proposta do Future-se. Por fim, apresenta-se uma proposta alternativa de reforma universitária, como parte da estratégia de aglutinação de forças para resistir ao Future-se e avançar no sentido do fortalecimento da Universidade como elemento necessário ao desenvolvimento soberano, inclusivo e sustentável do país.

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Biografia do Autor

Naomar Almeida-Filho, Universidade Federal da Bahia

Professor Titular de Epidemiologia no Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Médico, Mestre em Saúde Comunitária, Ph.D. em Epidemiologia. Doctor of Science Honoris Causa: McGill University, Canadá. Professor Visitante nas seguintes universidades: Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, Universidade da Califórnia em Berkeley, Universidade de Montreal e Universidade Harvard. Primeiro Titular da Cátedra Juan Cesar Garcia da Universidad de Guadalajara, México; Professor Convidado da Maestría en Epidemiología da Universidad Nacional de Lanús, Argentina. Pesquisador no campo da epidemiologia de transtornos mentais, particularmente o efeito de raça, racismo, gênero e classe social sobre a saúde mental. Pesquisador nível I-A do CNPq desde 1986. Sua produção científica totaliza 347 trabalhos publicados, incluindo 190 artigos em periódicos científicos (58 em revistas estrangeiras) e 137 capítulos em coletâneas especializadas (23 no exterior), além de 20 livros técnicos (5 no exterior). Recebeu 29 láureas e comendas de âmbito nacional e internacional. Em sua produção acadêmica, destaca-se uma série de livros-texto sobre o método epidemiológico: Epidemiologia & Saúde (com Zélia Rouquayrol, Rio: Guanabara-Koogan, 6. ed. 2003); Introdução à epidemiologia (com Zélia Rouquayrol, Rio: Guanabara-Koogan, 4. ed. 2006); Epidemiologia & Saúde: Fundamentos, Métodos, Aplicações (com Maurício Barreto, Rio: Guanabara-Koogan, 2011); e sobre aspectos epistemológicos da Epidemiologia e do campo da Saúde Coletiva: Epidemiologia sem números (Rio: Campus, 1989; tradução em espanhol, Buenos Aires: Paltex/Opas, 1992); A Clínica e a Epidemiologia (Rio: Abrasco/ APCE, 2. ed. 1997); A Ciência da Saúde (São Paulo: Hucitec, 2000); La ciencia tímida: ensayos hacia la deconstrucción de la epidemiología (Buenos Aires: Editorial Lugar, 2000); O que é Saúde? (Rio: Fiocruz, 2011); Saúde Coletiva: teoria e prática (com Jairnilson Silva Paim, Rio de Janeiro: Medbook, 2014). Foi Reitor da Universidade Federal da Bahia (2002-2010) e da Universidade Federal do Sul da Bahia (2013-2017). Desde então, tem focalizado sua produção acadêmica em estudos sobre a universidade e sua relação com a sociedade, destacando-se os seguintes livros: Universidade Nova: Textos Críticos e Esperançosos (Brasília: Editora UnB, 2007), em co-autoria com Boaventura Sousa Santos, A Universidade no Século XXI: Para uma Universidade Nova (Coimbra: Almedina, 2008) e, em co-autoria com Fernando Seabra Santos, A Quarta Missão da Universidade (Coimbra: Editora da Universidade de Coimbra, 2012). Atualmente é Coordenador do INCTI Inovação, Tecnologia e Equidade em Saúde - INTEQ-Saúde e atua como pesquisador convidado no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), onde desenvolve estudos sobre a relação entre universidade, história e sociedade.

Luis Eugenio Souza, Universidade Federal da Bahia

Professor Associado do Política de Saúde no Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Médico (1987) e Mestre em Saúde Comunitária (1996) pela Universidade Federal da Bahia, Doutor em Saúde Pública (2002) pela Université de Montreal. Professor visitante na London School of Hygiene and Tropical Medicine. Pesquisador nível 2 do CNPq desde 2018. Sua produção científica totaliza 43 artigos em periódicos científicos (06 em revistas estrangeiras) e 23 capítulos em coletâneas especializadas, além de 02 livros técnicos. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Administração da Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: política e gestão de saúde, judicialização da saúde e difusão de inovação e uso de conhecimentos científicos. De janeiro de 2005 a junho de 2007, exerceu a função de secretário municipal da saúde de Salvador-Bahia e, de dezembro de 2008 a julho de 2009, a de diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. De novembro de 2012 a agosto de 2015, foi presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do ISC/UFBA de setembro de 2015 a setembro de 2019. Desde 2011, é coordenador do Programa de Economia, Tecnologia e Inovação em Saúde do Instituto de Saúde Coletiva (UFBA).

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Publicado

2020-07-20

Como Citar

Almeida-Filho, N., & Souza, L. E. (2020). Uma protopia para a universidade brasileira. Arquivos Analíticos De Políticas Educativas, 28, 105. https://doi.org/10.14507/epaa.28.5525

Edição

Seção

Commentaries