A participação da escola na marginalização e no abandon escolar. O caso de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.31.7629Palavras-chave:
abandono escolar precoce, alunos em risco, abandono escolar, exclusão escolar, percursos escolaresResumo
Este estudo está focado na análise do modo de produção da exclusão escolar que subjaz e provoca o abandono escolar precoce, em 20 escolas da região do Porto, em Portugal, tendo por base o estudo qualitativo e documental dos “processos escolares individuais” de 25 jovens, nascidos entre 1996 e 2003, que abandonaram a escola e se encontram em situação de exclusão social. Foi construída uma grelha de caracterização destes alunos “em risco” e estabeleceram-se as seguintes categorias de análise dos percursos escolares realizados: deteção precoce dos processos de desajustamento entre os alunos e as escolas; comportamentos disruptivos e ações “corretivas e punitivas” das escolas; percursos escolares individuais realizados pelos alunos; principais recomendações pedagógicas elaboradas pelas escolas; modo de articulação das medidas tomadas e construção progressiva da exclusão dos alunos. O estudo permite perceber como é que as práticas educativas destas escolas, através de processos de desclassificação e de humilhação, não só vão construindo os alunos inensináveis, como os responsabilizam, juntamente com a suas famílias, pelo seu fracasso escolar, escondendo deste modo o seu rosto de instituições promotoras de uma exclusão silenciosa.
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