Plataformas educativas digitais e justiça formativa
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.31.7923Palavras-chave:
justiça formativa, plataformas educativas digitais, educação, subjetivação, éticaResumo
Este artigo reflecte sobre as possibilidades oferecidas pelas plataformas educativas digitais, que são acompanhadas por concepções pedagógicas ligadas ao paradigma educativo centrado no aluno, com um aparente grande potencial para avançar no sentido da justiça social, da equidade e da igualdade de oportunidades. As tecnologias digitais são apresentadas como um novo ator nas situações educativas, com potencial para definir cenários educativos mais flexíveis e personalizáveis, que parecem facilitar o acesso universal e o tratamento diferenciado que a equidade e a igualdade de oportunidades exigem. No entanto, a ideia de “equidade” coloca-nos num plano de reflexão circunscrito à justiça distributiva que implica uma conceção da educação como um “bem a distribuir” que pode conduzir à instrumentalização das relações educativo-pedagógicas, subsumindo-as a interesses económicos ou políticos e pervertendo-as. Neste sentido, vale a pena recuperar a ideia de educação como exigência de justiça, já presente em Platão, ligada à ideia de desenvolvimento ético do educando, e ao chamado “cuidado de si” desenvolvido por Foucault. Em suma, para desenvolver o promissor potencial educativo dos novos cenários educativos, baseados em plataformas digitais, estes devem garantir não só a justiça distributiva (equidade) mas, sobretudo, a justiça formativa.
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