Um quadro analítico para teorizar a agenda antigênero na educação
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.32.8829Palavras-chave:
agenda antigênero, ideologia de gênero, antifeminista, movimentos conservadores, política de direita, políticas educacionais, Brasil, EUAResumo
Este artigo teoriza o movimento global antigênero na educação. Este movimento conservador opõe-se à “ideologia de gênero”, vista como uma ameaça aos valores sociais tradicionais. Com base em uma revisão sistemática da literatura sobre como o movimento antigênero molda políticas, políticas e práticas educacionais, com foco específico no Brasil e nos Estados Unidos, este artigo apresenta uma estrutura analítica para teorizar 1) os significados contestados de “ ideologia de gênero”; 2) os componentes discursivos da agenda antigênero; 3) as características e composição das alianças antigênero; 4) as manifestações da agenda antigênero no currículo, na pedagogia, nas relações sociais da escolarização e na política educacional. Procuramos destacar as maneiras pelas quais a política anti-gênero muitas vezes opera ao lado da política racial para revelar as maneiras pelas quais as alianças conservadoras de direita, tipicamente baseadas e unidas através da anti-negritude, a supremacia branca, a homofobia, a transfobia e a misoginia, influenciam políticas, políticas e práticas educacionais em um esforço para manter simultaneamente um estado de supremacia branca, cis-heteronormativo e patriarcal. Concluímos com uma discussão sobre as contradições desta agenda e a resistência a estes ataques conservadores à equidade, à inclusão, à diversidade e aos direitos humanos.
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