“Lição de Coisas” No Museu: O Método Intuitivo e o Museu do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, nas Primeiras Décadas do Século XX
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.v20n43.2012Palavras-chave:
Museu Julio de Castilhos, Lição de Coisas, método intuitivo, Rio Grande do Sul, BrasilResumo
O regime republicano no Brasil fora instaurado em contexto de profundas transformações, que colocavam na ordem do dia a necessidade de modernização da sociedade. Nesse quadro, a educação e a escola foram consideradas relevantes por possibilitar a formação dos cidadãos afinados com as novas ideias no sentido de alcançar uma sociedade científica. Para isso, era necessário buscar novos métodos de ensino no escopo dos preceitos de uma modernidade pedagógica. Nesse contexto insere-se a valorização do método intuitivo ou Lição de Coisas, calcado sobre a observação e a experiência (o concreto), criticando-se o ensino tradicional assentado na memorização, na repetição e na abstração. No Brasil, especialmente na província do Rio Grande do Sul, esse método foi adotado pelo Governo do Estado e implantado no sistema de ensino. No mesmo contexto republicano, foi criado o Museu do Estado do Rio Grande do Sul, que deu especial atenção à formação de coleções de ciências naturais. No período estudado, a escola encontrou nesse museu um laboratório profícuo para o exercício do método intuitivo, assim como o museu forneceu à escola os materiais necessários ao ensino de Lição de Coisas.