Brincar de escola com tela e teclado
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.v21n73.2013Palavras-chave:
Tecnologia, educação, jovens, adultos, ensino, MéxicoResumo
Nos discursos de organismos governamentais nacionais e multilaterais, assim como em narrativas populares, promove-se a ideia de que o uso de tecnologias da informação e da comunicação e design (TIC-D) na educação produz mudanças nas práticas de ensino. Está estabelecido que estas mudanças auxiliarão os estudantes a se integrarem a uma “nova economia” baseada no uso das TIC-D e caracterizada por “maior produtividade”, pelo “trabalho colaborativo” e pela “flexibilidade”. Neste artigo se apresenta uma análise que busca superar certa visão determinista, com base em exemplos de materiais didáticos e do uso de tecnologias digitais observados em situações presenciais de educação de jovens e adultos em uma zona popular da Cidade do México. A partir de um enfoque sociocultural baseado em conceitos de prática situada e de prática social, o artigo mostra como algumas das decisões e indicações dos instrutores das classes de computação para jovens e adultos respondem a tradições didáticas, a noções de educação básica para adultos e a crenças acerca da aprendizagem, ao promoverem a realização de atividades mecânicas e de repetição. A análise também mostra como as decisões e indicações dos instrutores em questão são fomentadas em alguns materiais didáticos disponibilizados pela instância responsável pela educação de adultos no México.