Feiras mundiais do século XIX como sistemas de responsabilidade educacional: sistemas Scopicos, práticas de auditoria e dados educacionais
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.v22.1673Palavras-chave:
prestação de contas, história da educação, feiras mundiais, exposições internacionais, práticas de auditoria, educação comparadaResumo
Feiras mundiais do fim do século XIX constituíram um importante capítulo na história dos modelos de responsabilidade educacional. Exposições internacionais permitiram que os sistemas e práticas educativas fossem “auditadas” por leigos e especialistas. Neste artigo, vamos examinar como expositores de feiras do mundo procuraram fazer visíveis práticas educativas e instituições para validação externa. Com especial destaque para as exposições de ensino americanas montadas em Viena (1873), Filadélfia (1876), Chicago (1893) e Paris (1900), utilizamos documentos históricos relacionados com a preparação de exposições, assim como relatórios escritos durante e depois das Feiras trazer à luz os princípios de curadorias e práticas de exibição que regem exposições educativas. Este exame nos ajuda a entender os mecanismos e procedimentos de responsabilização educacional não apenas como empresas técnicas, mas como sistemas sociais com um importante conjunto de efeitos. Os sistemas escópicos em jogo e em contestação pela apresentação precisa e justa dos sistemas de ensino para escrutínio externo fez muito para moldar os contextos nacionais / internacionais dentro do qual operam os sistemas de ensino, bem como em que direções educadores e formuladores de políticas procuraram direcionar / redirecionar a escolarização.