O caso do Ensino Médio Politécnico e a avaliação de sua implementação nas escolas públicas gaúchas
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.24.2343Palavras-chave:
ensino médio politécnico, reestruturação curricular, ação pedagógica, trabalho, politecnia, avaliaçãoResumo
Este artigo analisa o processo de implementação de uma política pública para o ensino médio, proposta por uma Secretaria Estadual de Educação, período 2011-2014, bem como sua ressignificação através das escolas de Ensino Médio do Estado do Rio Grande do Sul (RS). Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa e quantitativa em 106 escolas públicas e meios de comunicação específicos do RS, Brasil. Os procedimentos metodológicos, com base no referencial teórico-analítico do ciclo de políticas públicas, foram: coleta de dados primários e secundários, em documentos, produções acadêmicas e publicações na mídia; aplicação de formulário online enviado às escolas pesquisadas; e realização de grupo focal com especialistas. Amparando-se no marco teórico-metodológico, foram definidas as categorias de análise: autonomia, politecnia, trabalho como princípio educativo, ação pedagógica e avaliação. Os resultados evidenciaram que: a) a autonomia das escolas não foi respeitada na implementação da política pública; b) grande parte dos sujeitos pesquisados, professores das escolas, não se apropriou da concepção pedagógica de trabalho como princípio educativo e, também do conceito de politecnia; c) a ação pedagógica das escolas ressignificou a formulação da referida política; e d) houve uma desestabilização nas certezas sobre avaliação da aprendizagem.