É possível falar em “potência jovem”? Desafios e perspectivas para pensar as juventudes contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.26.3003Palavras-chave:
juventude, potência, potência jovem, protagonismo juvenilResumo
Neste texto, nosso objetivo é discutir o conceito de “potência jovem” fora do registro essencial, humanista e vinculado à ação que nos propõe a representação do sujeito jovem protagonista – quase um modelo hegemônico nas ações voltadas para a juventude no Brasil. Buscamos pensar que outros sentidos de potência jovem poderiam nos ser oferecidos por outras experiências juvenis na contemporaneidade. Para tanto, estabelecemos um debate acerca do conceito central do texto – o conceito de potência – partindo das discussões desenvolvidas por Giorgio Agamben. Metodologicamente, o trabalho orientou-se por uma proposta de inspiração etnográfica, com ênfase numa ideia de “presença participante”, desenvolvida entre os meses julho a novembro de 2015 no Sábado Cultural: Circuito de Cultura e Arte, uma experiência juvenil pautada pela organização de encontros culturais em diferentes pontos da periferia cidade de Porto Alegre (RS), Brasil. Selecionamos alguns elementos das práticas do Sábado Cultural a fim de mostrar como os encontros promovidos nesse espaço nos permitiram tecer premissas sobre os jovens e suas múltiplas formas de experienciar suas juventudes e sobre o modo como isso está vinculado a um outro tipo de “potência jovem” no contemporâneo.