Concepções de corpo nos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil (MEC–2009)
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.26.3361Palavras-chave:
Educação infantil, Políticas educacionais, Corpo, Educação e cuidado, AutonomiaResumo
O presente trabalho busca descrever e analisar concepções de corpo presentes no documento Indicadores da Qualidade na Educação Infantil, publicado pelo MEC em 2009, que busca um distanciamento das práticas assistencialistas e compensatórias que demarcam as práticas neste nível da educação básica. Procura observar se este distanciamento aparece (ou não), fundado em novas concepções de corpo que, por sua vez, produziriam outros modos de relação, técnicas e cuidados a ele destinados. Os resultados apontam para: a) a permanência de concepções e práticas orientadas para o corpo-organismo e apoiadas em uma de ideia de cuidado e de autonomia típicas de paradigma biomédico, apesar de o documento afirmar o contrário; b) a inserção, ainda que mínima, de concepções vinculadas ao corpo como construção social, com críticas à violência, preconceitos, padrões estéticos estereotipados e à indiferença à dor e ao sofrimento.