Educação pela tradição oral de matriz Africana no Brasil: Ancestralidade, resistência e constituição humana
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.26.3518Palavras-chave:
Educação, Constituição Humana, Tradição Oral, Culturas Populares, Povos e Comunidades TradicionaisResumo
Este artigo buscou compreender os processos educativos da tradição oral de matriz africana no Brasil, entendendo a transmissão de saberes tradicionais como processo de constituição humana. Esta tradição oral, fundada na ancestralidade, traz na sua essência o caráter da resistência à colonização desde a sua origem, e permanece resistindo, transmitindo oralmente seus saberes, memória e história. Assim, pode-se afirmar que os processos educativos da tradição oral de matriz africana constituem em seus detentores um posicionamento combativo e resistente às opressões do sistema-mundo moderno/colonial. Foi realizada etnografia em grupos e comunidades tradicionais de matriz africana localizadas em duas cidades do estado da Bahia, Brasil: a Casa de Oxumarê, em Salvador, e nas culturas tradicionais como o Samba de Roda, a Chegança e a Renda de Bilros em Saubara. O objetivo foi investigar como acontecem os processos educativos pela oralidade e como contribuem para a constituição humana de seus detentores. A partir do campo enuncia-se que o exercício da consciência ancestral torna-se elemento educativo anticolonial, em que os grupos e comunidades tradicionais de matriz africana no Brasil permanecem reafirmando perante o mundo suas formas de educar, resistir e reexistir.Downloads
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Publicado
2018-07-23
Como Citar
Barros, D., Pequeno, S., & Pederiva, P. L. M. (2018). Educação pela tradição oral de matriz Africana no Brasil: Ancestralidade, resistência e constituição humana. Arquivos Analíticos De Políticas Educativas, 26, 91. https://doi.org/10.14507/epaa.26.3518
Edição
Seção
Colonialidade e Pedagogia Decolonial