Perspectivas metodológicas, padronizadas (somativas) ou contextualizadas (formativas)?
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.26.3813Palavras-chave:
avaliação somativa, avaliação formativa, métodos de avaliação, políticas de avaliaçãoResumo
Uma questão crítica da avaliação educacional é se esta deve ser baseada em evidências padronizadas (sumativa, muitas vezes quantitativa) ou contextualizada (formativa, muitas vezes qualitativa). O autor deste artigo aconselha os leitores a cuidar de falsas dicotomias. O cerne da questão não é se a avaliação deve ser padronizada ou contextualizada, mas sim se a evidência recuperada responde rigorosamente às questões políticas e/ou práticas que orientam a avaliação. As perguntas formuladas, por sua vez, direcionam os desenhos de avaliação que podem ser padronizados (sumativos), contextualizados (formativos) ou ambos. Três questões gerais orientam pesquisa e avaliação: 1) Descritivo - o que está acontecendo? 2) Causal, existe um efeito sistemático? 3) Processos ou mecanismos: Por que ou como acontece o que está acontecendo? Dependendo da natureza das perguntas, informações somativas ou formativas podem ser coletadas. Igualmente importantes são as políticas, métodos e instrumentos de medição e projetos durante a realização de avaliações. Ignorá-los é assumir fortes riscos. Exemplos concretos obtidos a partir de contextos políticos, estatísticos e de medição mostram como essas suposições ou falsas percepções podem fortalecer ou alterar os resultados da avaliação.