Práticas de leitura em uma penitenciária masculina: Acesso, cerceamentos e sentidos
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.27.4001Palavras-chave:
Educação de Jovens e Adultos, Leitura, PrisãoResumo
Este artigo tem como objeto de preocupação a defesa da garantia do direito à educação para as pessoas em situação de aprisionamento e se propõe a discutir práticas de leitura de homens, alunos da Educação de Pessoas Jovens e Adultas, em uma penitenciária masculina. Como referencial teórico e analítico, mobilizam-se estudos do campo do letramento e autores que tematizam o território. O campo de pesquisa é uma escola estadual que funciona na penitenciária, e os dados foram coletados por meio de observação de aulas e entrevistas com 12 sujeitos. Foram identificados diferentes eventos de letramento dos quais os homens participam, mas convive-se na tensão entre a ampliação do acesso à leitura e os cerceamentos próprios da prisão. Nesses eventos, configuram-se práticas de letramento nas quais comparecem múltiplos sentidos, para além da possiblidade de remição de pena pela leitura, e a escola se configura na prisão como importante agência de letramento, ampliando o acesso à leitura desses sujeitos e dos outros homens presos que não frequentam as aulas. Os resultados apontam para a necessidade de fortalecimento do direito à educação nas prisões, para garantir-se efetivamente o acesso à escola e à leitura para as pessoas privadas de liberdade.Downloads
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Publicado
2019-05-13
Como Citar
de Souza, W. J., & de Souza, M. C. R. F. (2019). Práticas de leitura em uma penitenciária masculina: Acesso, cerceamentos e sentidos. Arquivos Analíticos De Políticas Educativas, 27, 51. https://doi.org/10.14507/epaa.27.4001
Edição
Seção
Articles