O movimento do acesso ao ensino superior em Portugal de 1960 a 2017: Uma análise ecológica
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.27.4195Palavras-chave:
Sócio ecologia, acesso ao ensino superior, PortugalResumo
Globalmente, a ampliação dos investimentos no campo do ensino superior, que decorre e é decorrente tanto das demandas do sector económico quanto da crescente valorização da dimensão social do conhecimento, implica em mobilizações no âmbito do acesso a este nível de ensino. Se, por um lado, as políticas de acesso têm um papel central, por outro lado, as interações dos indivíduos nos diferentes ambientes em que estão inseridos não podem ser desconsideradas. O objetivo deste artigo, numa perspetiva sócio ecológica, foi a análise dos movimentos do acesso ao ensino superior em Portugal no período de 1960 a 2017. A interpretação dos dados de acesso e da legislação sobre o ensino superior do referido período, em relação com o resultado da revisão de literatura, permitiu identificar momentos de expansão e retração do acesso à formação superior em Portugal. Foi na confluência de um conjunto de fatores, mais ou menos favoráveis, que se originaram os distintos movimentos do acesso ao longo do tempo. Esta confluência de fatores fez com que os indivíduos modelassem e remodelassem suas aspirações com relação ao ingresso no ensino superior.