Narrativa da educação indígena e da educação escolar indígena: A escola e o ensino do povo Balatiponé-Umutina
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.28.4769Palavras-chave:
Escola, aprendizagem, Educação Indígena, ConhecimentoResumo
O presente artigo trata-se do estudo da Narrativa da Educação Indígena e da Educação Escolar Indígena: A escola e o ensino do povo Balatiponé-Umutina está interligado aos processos educativos tradicionais e o não tradicional dando enfoque aos impactos, avanços, gargalos, desafios e ações que os indígenas Balatiponé-Umutina lutaram e organizaram para resistir, manter viva e reconstruir as práticas dos saberes tradicionais. O objetivo é contribuir com a discussão e o diálogo referente à educação indígena a partir das lentes dos próprios indígenas. Comportará relatos dos anciões que são conhecedores dos saberes, dos jovens, docentes da escola de educação indígena Jula Paré, dados obtidos por observação participante sua maior fonte e fontes bibliográficas. É um registro contado pela indígena pesquisadora pertencente do referido povo e vai promover o fortalecimento e a divulgação dos saberes ancestrais. O espaço escolar há uma rede de diálogo, uma interação entre os docentes, estudantes, pais, cacique, lideranças, anciãos e comunidade praticando fazeres da ancestralidade como as danças, os cânticos, a língua, a pintura corporal, as histórias, os rituais e a comidas típicas, confecção de artesanatos, festa tradicional que é realizada no mês de abril, é o lugar que conecta o fazer e o aprender o conhecimento, bem como fomenta questões sobre a espiritualidade e a concepção da juventude da atualidade comparada com a geração passada. É importante que os anciões ensinam o conhecimento, o saber tradicional para as crianças e os jovens para que estes possam ter aprendizagem, construir e reconstruir os valores, ser protagonista e ter uma concepção indígena Balatiponé-Umutina.