De escola colonizadora a lugar de resistência étnica: A escola indígena específica e diferenciada que querem os povos Mbya Guarani
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.28.4770Palavras-chave:
escola indígena, resistência étnica, Guarani, políticas públicasResumo
Este artigo propõe discussões sobre a educação na escola indígena, na perspectiva dos povos Mbya-Guarani das aldeias Tekoa Ka’agui Poty e Tekoá Yvy Poty, sul do Brasil. A escola indígena quer transformar um modelo de escola colonizador e integracionista, em um lugar de resistência étnica, de preservação da cultura. Como política pública, sua efetividade depende de posicionamentos governamentais que são influenciados pela dificuldade do não indígena em compreender e respeitar as diferenças que observam no modo de ser Guarani. O Guarani não faz distinção entre vida, educação e espiritualidade e quer uma escola que contribua para fortalecer esse modo de viver. A metodologia de investigação tem como inspiração uma ação participante e colaborativa, com trocas recíprocas e simétricas entre indígenas e não indígenas.