O lugar das matemáticas na formação de professores indígenas da região do Alto Solimões/AM
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.28.4773Palavras-chave:
Formação de professores indígenas, povos indígenas do Alto Solimões, geometria plana, cestarias Ticuna, matemáticas do cotidiano escolar indígenaResumo
O presente artigo aborda as práticas matemáticas no Curso de Licenciatura em Formação de Professores Indígenas da Universidade Federal do Amazonas/Câmpus de Benjamin Constant, num contexto de diversidade cultural e linguística. Para a reflexão acerca dessa temática, tomamos como ponto de partida a seguinte indagação: Em que termos formativos as práticas matemáticas, via Material Concreto, repercutem nos modos de ensinar e aprender dos discentes indígenas da turma do Alto Solimões/UFAM? Nesse sentido, objetivamos descrever as distintas abordagens metodológicas quanto ao ensino e a aprendizagens de alguns conceitos no âmbito da Geometria Plana, junto aos estudantes indígenas do Curso de Licenciatura em Formação de Professores Indígenas/UFAM. O estudo possui uma abordagem qualitativa pautada na pesquisa etnográfica, tendo como recolha e análise de informações: as impressões, as percepções e os episódios junto aos colaboradores, assim como as atividades interdisciplinares, intraculturais e interculturais potencializadas na compreensão de alguns conceitos da Geometria Plana, com destaque para as cestarias das artesãs Ticuna. Nossas reflexões evidenciam, dentre outras coisas, a aquisição de novos conhecimentos, a criação, a elaboração e a proposição de distintas atividades e práticas matemáticas para as ações docentes futuras nas escolas de suas comunidades.