O “momento de transição” na educação chilena: A Comisión Nacional para la Modernización de la Educación (1994-1995)
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.29.5244Palavras-chave:
Transição para a democracia, políticas educacionais, Comisión Nacional para la Modernización de la Educación, Chile, ConcertaciónResumo
O texto estuda o processo institucional mais importante para a geração de políticas educacionais na transição para a democracia no Chile no final do século XX: a Comisión Nacional para la Modernización de la Educación. O objetivo desta iniciativa do governo era gerar uma plataforma política e ideológica compartilhada pela “comunidade nacional” que abriria o caminho para a reforma educacional. A Comissão foi hegemonizada pelo governo e pela oposição de direita, em um contexto em que possuíam alto controle sobre uma sociedade civil enfraquecida, e havia tênues fronteiras entre o campo político e o de especialistas. Ideologicamente, as ideologias do capital humano e do conservadorismo católico predominaram. As políticas recomendadas visam o fortalecimento do mercado educacional, com um Estado promotor e avaliador. O texto concebe a educação como um campo de disputa política e ideológica. Os modos de articulação política e ideológica são analisados a partir da extensa revisão de fontes primárias escritas, principalmente da imprensa, dos relatórios da instância e dos decretos governamentais.