A autonomia escolar ao serviço do sucesso escolar para todos
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.29.5366Palavras-chave:
autonomia escolar, liderança distribuída, colaboração de profesores, projecto educativo, equipas de conduçãoResumo
Neste artigo examinamos como a autonomia dos centros educativos foi configurada à luz dos decretos legislativos nacionais e também do quadro político europeu, analisando a sua evolução para uma regulação que exerce um controlo a posteriori, baseado na responsabilização, e que está ligada aos postulados neoliberais. Perante esta perigosa deriva e a evidência de que a autonomia não pode ser decretada, apresentamos os resultados de uma pesquisa qualitativa que analisa como uma escola da Cantábria (Espanha) constrói um projeto de educação inclusiva que responde às necessidades do seu contexto, fazendo uso do seu próprio espaço de autonomia. Utilizamos estratégias de produção de dados como entrevistas semi-estruturadas, análise de documentos, grupos de discussão com alunos e professores (incluindo a equipe de gestão e o orientador) e observações dos participantes. Submetemos estes dados a um processo de análise, utilizando estratégias indutivas e dedutivas, e inferimos algumas chaves que podem iluminar os caminhos de desenvolvimento da autonomia em outros centros: a construção de um Projeto Educativo de Centro compartilhado pela comunidade; o exercício de uma liderança distributiva; a formação de professores; e os processos de avaliação em espiral (internos e externos).