Os percursos escolares das crianças e jovens em acolhimento residencial na escola pública portuguesa

Autores

  • Daniela Ferreira Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto https://orcid.org/0000-0001-5335-4337
  • Ariana Cosme Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto https://orcid.org/0000-0002-8194-5027

DOI:

https://doi.org/10.14507/epaa.29.5530

Palavras-chave:

insucesso escolar, desigualdades, crianças e jovens em acolhimento residencial

Resumo

Por princípio estabelecido na LBSE a escola pública portuguesa compromete-se em assegurar a inclusão de todas as crianças e jovens, contudo quando analisamos os percursos daquelas que se encontram em acolhimento residencial, ao abrigo de medidas de promoção e proteção, percebemos que estas constituem um dos públicos mais vulneráveis no percurso educativo. A análise dos dados dos seus percursos escolares apresenta problemas concetuais decorrentes da organização das faixas etárias. Assim, e através da recolha dos dados dos seus percursos escolares no ensino básico de três agrupamentos de escolas em Portugal, procuramos perceber os números efetivos de sucesso e insucesso escolar que as caracterizam. Tendo por base o paradigma fenomenológico interpretativo este estudo procura retratar uma das situações mais sensíveis do sistema educativo português. Ao compararmos as taxas de insucesso escolar destas crianças e jovens com as taxas nacionais portuguesas percebemos que no 1.º ciclo do Ensino Básico a taxa de insucesso é treze vezes superior, no 2.º ciclo é onze vezes superior e no 3.º ciclo é de seis vezes superior à média nacional. Assim, concluímos que urge pensar os tempos políticos e educativos em que a inclusão, para além de uma questão técnico-pedagógica se assume como um imperativo ético.

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Biografia do Autor

Daniela Ferreira, Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Possui o doutoramento em Ciências da Educação, pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, e em que a formação de base é Licenciatura e Mestrado na mesma área. Membro da comunidade de pesquisa “Ensino e Inovação Pedagógica” e membro da coordenação do Observatório de Vida das Escolas (OBVIE). As suas áreas de interesse são a inclusão; a autonomia e flexibilidade curricular; as práticas pedagógicas inovadoras; a formação de professores e os processos de inovação pedagógica.

Ariana Cosme, Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Doutorada em Ciências da Educação pela Universidade do Porto, é professora na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na mesma universidade onde coordena mestrados, cursos de pós-graduação e formação contínua de professores e integra a coordenação do Observatório de Vida nas Escolas. É perita externa em escolas TEIP, PPIPs, avaliadora da IGEC na Avaliação Externa de Agrupamentos de Escolas. Foi consultora do Ministério da Educação para o Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular de que é a avaliadora externa. É associada do Movimento da Escola Moderna Portuguesa desde 1980. Autora de diversos livros e artigos sobre a organização do trabalho pedagógico, a autonomia e flexibilidade curricular; as práticas pedagógicas inovadoras; a formação de professores e os processos de inovação pedagógica.

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Publicado

2021-06-21

Como Citar

Ferreira, D., & Cosme, A. (2021). Os percursos escolares das crianças e jovens em acolhimento residencial na escola pública portuguesa. Arquivos Analíticos De Políticas Educativas, 29(January - July), 87. https://doi.org/10.14507/epaa.29.5530

Edição

Seção

Articles