Feiticeiros” ou profissionais? Os graduados da primeira universidade intercultural do México e a luta pela legitimidade
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.29.6384Palavras-chave:
México, universidades interculturais, estudantes indígenas, descolonialidade, estigma, mercado de trabalhoResumo
Desde 2003, o governo mexicano criou 11 universidades interculturais que atendem a um total de 15.000 alunos, a maioria deles membros da minoria indígena do país. Embora haja um número crescente de estudos que analisam o modelo intercultural do ponto de vista teórico e de políticas públicas, poucos enfocam as experiências de alunos e graduados dessas universidades. Neste artigo, são apresentados os resultados de uma investigação da Universidade Intercultural do Estado do México, pioneira em universidades interculturais no país. Por meio de entrevistas com graduados, alunos e diretores de três programas interculturais de graduação, busca problematizar uma questão central, que parte de uma abordagem crítica e descolonial: em que medida o modelo intercultural cumpre sua missão de empoderar estudantes indígenas e em que medida contribui para a reprodução da desigualdade? Em geral, os resultados são mistos. Enquanto alguns alunos compartilham experiências de discriminação no trabalho, alguns até sendo rotulados de "feiticeiros" ou "xamãs", muitos argumentam que a experiência de frequentar uma instituição com uma massa crítica de alunos indígenas os empoderou pessoal e profissionalmente, causando transformações em seus identidades culturais e dando-lhes uma nova apreciação de suas raízes indígenas.
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