A desvatagem arraigada e a internacionalização da educação: Uma revisão do Programa Ciência sem Fronteiras no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.30.7211Palavras-chave:
política educacional brasileira, investimento público, internacionalização, educação superiorResumo
O Brasil tem focado na internacionalização do setor de ensino superior, em resposta às tendências em todo o mundo. O principal programa de promoção da internacionalização foi o programa Ciência sem Fronteiras. O artigo analisa a mobilidade internacional brasileira a partir de uma perspectiva regional, especialmente analisando como a desigualdade afetou o acesso às bolsas. A Região Nordeste, que historicamente registra indicadores de pobreza mais elevados do que as regiões Sul e Sudeste, apresentou crescimento médio estatisticamente igual ao da Região Sudeste. Ao comparar o acesso a bolsas de mobilidade de estudantes e professores entre as duas maiores regiões do Brasil, este artigo buscou analisar qualquer mudança estrutural entre a região Sudeste e Nordeste. O programa Ciência sem Fronteira alcançou resultados consideráveis. Nos primeiros quatro anos do programa, o intercâmbio de estudantes aumentaram 1.620% (ou seja, 2011-2014). Apesar disso, a estrutura de acesso regional permaneceu desigual. Utilizando a metodologia de teste de hipótese T para médias com diferentes variâncias, foi possível avaliar o nível de significância de 95%. As duas maiores regiões do Brasil mantiveram o perfil desigual de acesso ao programa. A conclusão é que o crescimento da oferta de bolsas para internacionalização entre 2010 e 2019 não alterou o perfil regional desigual de acesso aos serviços públicos de educação no Brasil.
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