Educação escolar indígena e saberes tradicionais: A percepção dos professores Pipipã de Kambixuru

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14507/epaa.28.4728

Palavras-chave:

Educação, Interculturalidade, Pipipã de Kambixuru, Professores, Saberes

Resumo

Este artigo é parte de uma investigação de doutoramento, que versa sobre a educação escolar e os saberes tradicionais dos Pipipã de Kambixuru, situados no município de Floresta, Pernambuco, Brasil. Serão apresentados os relatos dos professores indígenas sobre a importância da educação escolar e a inclusão dos saberes tradicionais, nomeadamente a medicina, o Toré e a Jurema Sagrada no currículo diferenciado da Escola Estadual Indígena Joaquim Roseno, na Aldeia Travessão do Ouro. Foi seguida uma abordagem etnográfica, concretizada numa observação participante no território indígena, onde foram feitas entrevistas com os docentes, dando-se ênfase ao processo intercultural da construção do currículo e metodologias utilizadas nas aulas. Os saberes tradicionais são apresentados à comunidade na escola e através da oralidade e, apesar dos processos de aculturação existentes, é perceptível a perseverança da comunidade indígena em manter o seu legado. O discurso intercultural contribui para a permanência e resistência deste povo, pois a diversidade cultural em seus conceitos epistemológicos e em sua prática é de suma relevância tanto para a construção acadêmica quanto para uma pedagogia da vida.

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Biografia do Autor

Ana Carolina Gomes Coimbra, Universidade da Beira Interior - UBI

Licenciatura em Letras Português/Inglês pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE – Pernambuco/Brasil)

Especialista em Cultura Pernambucana pela Faculdade Frassinete do Recife (FAFIRE – Pernambuco/Brasil) -

Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Lusófona de Tecnologias e Humanidades (ULTH – Lisboa/Portugal)

Doutorado em Educação pela Universidade da Beira Interior (UBI – Covilhã/Portugal). Tem experiência na docência e pesquisa nas áreas de Educação, principalmente sobre as temáticas: Educação Escolar Indígena; Lei federal 11.645/08; Formação de Professores.

Maria Luisa Branco, Universidade da Beira Interior, Laboratório de Comunicação-Comunicação e Artes (LabCom-UBI)

Licenciada em Filosofia pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa

Mestre em Ciências da Educação – Formação Pessoal e Social, pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa

Doutora em Educação pela Universidade da Beira Interior, Portugal

Investiga e publica nas áreas da Educação e Cidadania; Educação, Justiça Social e Equidade; Formação de Professores e Desenvolvimento Profissional. É diretora do doutoramento em Educação da Universidade da Beira Interior.

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Publicado

2020-11-02

Como Citar

Gomes Coimbra, A. C., & Branco, M. L. (2020). Educação escolar indígena e saberes tradicionais: A percepção dos professores Pipipã de Kambixuru. Arquivos Analíticos De Políticas Educativas, 28, 162. https://doi.org/10.14507/epaa.28.4728

Edição

Seção

Educação e Povos Indígenas

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