Trabalho, Educação e Emancipação Humana: A Afirmação da EJA como Direito

Autores

  • Maria Clara Bueno Fischer UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL BRASIL
  • Ana Cláudia Ferreira Godinho Universidade do Estado de Minas Gerais.

DOI:

https://doi.org/10.14507/epaa.v22n65.2014

Palavras-chave:

EJA – Brasil, Trabalho-Educação, emancipação humana

Resumo

Este artigo aborda a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil como direito e como campo, com práticas e reflexões de matrizes político-pedagógicas distintas ou mesmo antagônicas. Tais reflexões inserem-se no debate sobre os fundamentos e modalidades da relação entre educação, trabalho e emancipação humana. Uma ideia força do texto é a convicção de que pessoas jovens e adultas são sujeitos de direitos e que a plena realização de um deles – o acesso e permanência na escola – depende do (re)conhecimento, por todos aqueles que estão envolvidos no campo, da natureza e do potencial da  relação desses sujeitos com os mundos do trabalho. Neste estudo de natureza qualitativa, as autoras realizaram análise documental e retomaram dados de duas pesquisas qualitativas em Educação, que coletaram dados por meio de entrevistas individuais semiestruturadas, observação participante e registro em diário de campo. Argumentou-se sobre a centralidade da experiência singular e coletiva do aluno-trabalhador para mediar relações entre trabalho e educação no currículo da EJA. As autoras enfatizam o trabalho como lugar de produção, mobilização e (re)interpretação permanente de saberes e valores pelos trabalhadores. Estes, ao ingressarem em cursos de EJA, colocam em circulação no contexto escolar estes saberes e valores produzidos no mundo do trabalho, gerando tensionamentos que impelem a reaproximação entre saberes escolares e experiência de trabalho. As autoras ressaltam a pertinência de novos estudos sobre o Currículo Integrado e outras práticas curriculares que valorizem o trabalho enquanto experiência humana. 

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Biografia do Autor

Maria Clara Bueno Fischer, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL BRASIL

A autora é pesquisadora nos campos Educação de Jovens e Adultos e Trabalho e Educação. Coordena o grupo de pesquisa Educação, Trabalho e Conhecimento (CNPq). Também coordena o projeto de pesquisa Formação de adultos para e no trabalho associado: atividade de trabalho, profissão e biografias. Publicou artigos e capítulos de livro sobre a Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional.

Ana Cláudia Ferreira Godinho, Universidade do Estado de Minas Gerais.

A autora é pesquisadora nos campos Educação de Jovens e Adultos e Trabalho e Educação. Integra o grupo de pesquisa Educação, Trabalho e Conhecimento (CNPq) e o grupo de pesquisa Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação de Jovens e Adultos (CNPq). Atualmente coordena o projeto de pesquisa Confrontação de saberes na experiência escolar de estudantes trabalhadores (CNPq) e participa do projeto Formação de adultos para e no trabalho associado: atividade de trabalho, profissão e biografias. Publicou artigos e capítulos de livro sobre a Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional.

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Publicado

2014-06-30

Como Citar

Fischer, M. C. B., & Godinho, A. C. F. (2014). Trabalho, Educação e Emancipação Humana: A Afirmação da EJA como Direito. Arquivos Analíticos De Políticas Educativas, 22, 65. https://doi.org/10.14507/epaa.v22n65.2014

Edição

Seção

Educação de Jovens e Adultos; aprendizagem no século 21

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