A teoria da atuação de Stephen Ball: E se a noção de discurso fosse outra?
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.24.2111Palavras-chave:
política de currículo, teoria da atuação, tradução, interpretaçãoResumo
Os estudos de políticas curriculares, e políticas educacionais de forma geral, com base nas abordagens teóricas de Ball difundidas no fim dos anos 1980, permanecem sendo considerados potentes, no Brasil e em outros países do mundo, em diferentes investigações. Diferentes trabalhos incorporam a abordagem do ciclo de políticas à investigação curricular, contribuindo para ampliar o entendimento de currículo e abrindo para outras agendas de pesquisa, particularmente aquelas dirigidas às conexões entre os constrangimentos estruturais e as possibilidades de agência. Focalizo, assim, neste artigo a teoria da atuação de Ball, fazendo-a dialogar com a teoria do discurso de registro pós-estrutural apoiada em Laclau e Derrida. Interessa-me reforçar o registro pós-estrutural já presente nas discussões de Ball, apostando na sua produtividade para visões mais complexas das políticas de currículo que questionem a separação entre intepretação e tradução, proposta e prática, estrutura e agência.