Rumo à universidade corporativa? Reformas baseadas no mercado e isomorfismo Institucional na Colômbia
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.25.2837Palavras-chave:
ensino superior, neoliberalismo, programas de empréstimos estudantis, política de financiamento, avaliação institucional, rankings educacionaisResumo
Neste artigo, analisamos os discursos sobre a universidade em torno de dois recentes programas governamentais colombianos: os créditos educacionais Ser Pilo Paga e os rankings universitários Mide. Embora esses programas possam ser caracterizados como reformas com base no mercado ou neoliberais, não receberam uma análise sociológica que discuta sua relação com as mudanças na própria ideia da universidade. Analisamos a retórica em torno da sua concepção e implementação através de uma análise de conteúdo de artigos de jornais, documentos governamentais e organizações internacionais. Apoiados em uma perspectiva neo-institucional da teoria da sociedade mundial, verificamos que os créditos foram impulsionados principalmente pelo Banco Mundial, enquanto os rankings são copiados diretamente a partir da cultura global. Existe também uma retórica sobre os termos de melhores, qualidade, excelência e tecnologia correspondente ao modelo global de universidade corporativa. Essa ideia contrasta, contudo, com termos como equidade, acesso, igualdade e inclusão que se encontra em um discurso sobre envolvimento social correspondente, em parte, com a ideia local universidade latino-americana. As tensões encontradas entre os modelos universitários subjacentes antigos e novos mecanismos reguladores merecem ser estudadas em outros países.