O povo indígena Apinayé e o acesso à licenciatura em educação do campo da Universidade Federal do Tocantins: Algumas reflexões

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14507/epaa.28.4752

Palavras-chave:

Educação do Campo, etnia Apinayé, políticas públicas, inclusão, permanência

Resumo

Este artigo objetiva discutir o acesso do povo indígena Apinayé ao curso de Licenciatura em Educação do Campo: Códigos e Linguagens - Artes e Música da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus de Tocantinópolis, Brasil, bem como dialogar com alguns teóricos contemporâneos (Brandão, 1983; Haesbaert, 2016; Lévi-Strauss, 1973; Nimuendajú, 1956; Santos, 1999) acerca da diversidade sociocultural no Estado do Tocantins. Para tanto, a investigação aborda aspectos de processos seletivos, práticas didático-pedagógicas, linguagem e programas de políticas afirmativas que (des)favorecem o acesso e inclusão/permanência desses estudantes na Universidade. A pesquisa é de natureza bibliográfica e exploratória, de abordagem qualitativo-interpretativista. Desde seu primeiro processo seletivo realizado em 2014, esse curso recebe anualmente alunos ingressantes indígenas Apinayé. Os resultados da investigação mostram que, apesar de a UFT utilizar diferentes ações afirmativas como programas específicos para acolher e dar apoio aos estudantes indígenas e as atividades didático-pedagógicas implementadas em sala de aula no curso Licenciatura em Educação do Campo terem suas especificidades voltadas à formação dos povos do campo, tudo isso não tem sido o suficiente para garantir a inclusão/permanência dos indígenas nesse curso de graduação. E as maiores barreiras enfrentadas pelos Apinayé tem sido a língua portuguesa e a epistemologia da academia.

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Biografia do Autor

Anderson Brasil, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Educação Musical pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor Adjunto da Universidade Federal do Tocantins (UFT), atuando no curso de Licenciatura em Educação do Campo: Códigos e Linguagens – Artes e Música, Campus de Tocantinópolis, Brasil. Ensina as disciplinas Canto Coral, Violão Eletivo e Estágio Supervisionado.

Cícero da Silva, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Letras: Ensino de Língua e Literatura pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Professor Adjunto da Universidade Federal do Tocantins, onde atua no Programa de Pós-graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura e no curso de Licenciatura em Educação do Campo: Códigos e Linguagens - Artes e Música. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação do Campo (Gepec/CNPq), Editor assistente da Revista Brasileira de Educação do Campo. Tem experiência na área de Linguística Aplicada e Educação do Campo, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de língua portuguesa, gêneros do discurso, material didático, letramento, práticas pedagógicas em Educação do Campo/Pedagogia da Alternância.

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Publicado

2020-10-26

Como Citar

Brasil, A., & Silva, C. da. (2020). O povo indígena Apinayé e o acesso à licenciatura em educação do campo da Universidade Federal do Tocantins: Algumas reflexões. Arquivos Analíticos De Políticas Educativas, 28, 159. https://doi.org/10.14507/epaa.28.4752

Edição

Seção

Educação e Povos Indígenas

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