A rebelião das bases contra a estandardização do trabalho pedagógico: O caso da mobilização contra a Lei da Carreira Docente no Chile
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.30.6460Palavras-chave:
estandardização, trabalho docente, avaliação de desempenho, política educacionalResumo
Tem-se insistido que a instalação de standards de desempenho docente seria um dos principais meios para melhorar a qualidade educacional. Em 2015, o governo chileno apresentou um projeto de lei que estabelece um sistema de desenvolvimento profissional baseado em standards de desempenho estabelecidos a partir do nível central. Estes regulam a formação pedagógica e a avaliação de desempenho que classifica os professores, estabelecendo salários, desenvolvimento profissional e sanções, incluindo a expulsão do sistema. Durante sua tramitação, levantou-se uma das mais importantes mobilizações educativas dos últimos anos. Este artigo analisa (a) como os defensores do projeto construíram a mobilização em colunas de opinião e editoriais; (b) como foi descrito e justificado nos documentos do próprio movimento; e (c) como ela é narrada 5 anos depois por uma amostra de líderes que dela participaram. Embora os promotores da política tenham construído a mobilização como mera defesa de privilégios, os documentos do movimento e as entrevistas dão conta da emergência de uma voz que alivia a prática pedagógica concreta e conjunta, localizada na escola, como principal referente do trabalho docente e quais deveriam ser as políticas relevantes de avaliação e desenvolvimento de carreira.
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