O novo conservadorismo brasileiro e a educação: Mapeando suas linhas de força
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.30.7137Palavras-chave:
conservadorismo, conservadorismo cristão, neoliberalismo, política educacional, escola públicaResumo
Na última década, o Brasil viu crescer demandas por aumento da ordem e a defesa de valores morais tradicionais, no âmbito do chamado novo conservadorismo brasileiro. Lideranças e grupos religiosos conservadores e neoliberais se destacam, atuando em diferentes linhas de frente na política e nas relações sociais, incluindo a educação. A partir desse contexto, o artigo objetiva mapear as diferentes manifestações, ações e agentes do novo conservadorismo brasileiro no campo educacional, por meio de uma reflexão teórica e da construção de um mapa conceitual. Inicialmente, discutimos diferentes correntes conservadoras, em especial o novo conservadorismo nos EUA e suas influências no Brasil. A partir de Almeida (2017), delineamos um mapa conceitual do novo conservadorismo na educação, ressaltando quatro linhas de força: moral, econômica, securitária e socialmente intolerante. Elas possuem conexões entre si e se articulam de acordo com os interesses de seus defensores. No plano educacional, propagam uma visão tecnicista, bancária e autoritária de educação, enfatizando a atuação da família, cerceando o trabalho docente e a autonomia discente. Concluímos que essas múltiplas linhas de força levam a reveses significativos na construção de propostas educativas plurais, afetando a prática pedagógica, currículos e formação de professores.
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