A literatura de autoajuda em processos de socialização: Implicações na formação e na profissionalização docente
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.32.8458Palavras-chave:
formação de professores, pedagogia, socialização, literatura de autoajuda, bem-estar docenteResumo
Este artigo objetiva analisar as experiências de futuros professores com a Literatura de Autoajuda (LA) na socialização docente. A pesquisa qualitativa e descritiva envolveu 16 futuros professores entre o primeiro e o quarto ano de um curso de Pedagogia de uma universidade pública paulista. Dados discursivos foram obtidos por entrevista semiestruturada. Da Análise de Conteúdo emergiram categorias relacionadas à LA (acesso, demandas mobilizadoras do consumo, sentidos atribuídos e contribuições) – sendo consideradas as instâncias de socialização primária (familiar e escolarização) e de socialização secundária (universitarização). Destacam-se, nos resultados: a) a dimensão humana e relacional da docência; b) os sofrimentos, adoecimentos e mal-estar discente; e c) o paradoxo de a LA oferecer respostas e soluções em curto prazo e, ao mesmo tempo, formas limitadas de esclarecimento, compreensão e entendimento. Em processos formativos de professores que se coadunem com o desenvolvimento profissional e com a construção da docência como profissão, as implicações da presença da LA na formação docente envolvem pensar limites (a semiformação e a produção de precariedades e miserabilidades) e possibilidades (a formação humana e emancipatória).
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Mariana Fiorio, Regina Zanella Penteado, Rebeca Possobom Arnosti, Samuel Souza Neto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.