Edtech como fetiche: Limites dos processos de transformação da escola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14507/epaa.26.3626

Palavras-chave:

Cultura, Dispositivos Móveis, Normatividade, Controle

Resumo

Atendendo à chamada do dossiê Edtech e Políticas de Formação Humana, neste artigo são apresentadas reflexões suscitadas no desenvolvimento da pesquisa de mestrado e que têm como objetivo analisar os sentidos atribuídos aos usos de dispositivos móveis na sala de aula pelos docentes formadores de professores. Trata-se de um estudo de cunho etnográfico realizado em uma instituição de formação de professores na modalidade Ensino Médio Normal localizada em um bairro do município do Rio de Janeiro. O estudo, realizado a partir das apropriações de aportes pós-estruturais e pós-coloniais, assume uma concepção de cultura como processo incessante de enunciação de sentidos, para analisar as tensões culturais decorrentes dos usos dos dispositivos móveis nos processos de escolarização, frequentemente marcados por uma normatividade motivada pelas expectativas dos professores de que é possível controlar os processos de significação. No texto são apresentados argumentos para sustentar a compreensão de que o potencial interativo e formador dos dispositivos móveis tende a ser minimizado em um contexto em que ainda são muito presentes práticas escolares que se sustentam em um projeto de escolarização marcado por uma expectativa normativa e de padronização cultural.

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Biografia do Autor

Talita Vidal Pereira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ (2011). Procientista UERJ/FAPERJ e Jovem Cientista do Nosso Estado Faperj (2018- 2020). Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense da UERJ, Orientadora de mestrado no Programa de Pós-Gaduação em Educação, Cultura e Comunicação (PPGECC-UERJ) e de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação (PROPEd-UERJ). Líder do Grupo de Pesquisa Currículo: conhecimento & cultura (CNPQ). Integra os Grupos de Pesquisa Currículo, Formação e Educação em Direitos Humanos e Políticas de Currículo e Cultura. Participa da Rede Latino-americana de Teoria do Discurso e do Grupo de Trabalho de Currículo (GT 12) da Anped. É sócia da Associação Brasileira de Currículo (ABdC).

Lhays Marinho Ferreira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestre em Educação, Cultura e Comunicação pelo PPGECC/FEBF/UERJ (2018). Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2015). É sócia da Associação Brasileira de Currículo (ABdC). Produção acadêmica orientada principalmente nos seguintes temas: Currículo; Tecnologia Digital; Cultura; Formação de Professores.

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Publicado

2018-09-17

Como Citar

Pereira, T. V., & Ferreira, L. M. (2018). Edtech como fetiche: Limites dos processos de transformação da escola. Arquivos Analíticos De Políticas Educativas, 26, 116. https://doi.org/10.14507/epaa.26.3626

Edição

Seção

Chamada Dossiê: Edtech e Políticas de Formação Humana

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