Coevolução entre entidades que formam a arena política da educação superior brasileira: Implicações para a fronteira entre os segmentos público e privado
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.29.5863Palavras-chave:
Educação Superior Brasileira, Coevolução, Políticas Públicas, Análise Política, Segmentos Público e Privado.Resumo
Realizamos neste estudo uma análise política da coevolução entre entidades que formam a arena política na educação superior brasileira. Do ponto de vista teórico, articulamos a perspectiva da coevolução e a perspectiva tridimensional da análise política que contempla os conceitos de polity, politics e policy. Em termos metodológicos, conduzimos um estudo longitudinal que abrangeu o período entre 1988 e 2018 com dados coletados através de pesquisa documental e bibliográfica e analisados por meio de métodos mistos. Os resultados indicam a existência de quatro grupos centrais de entidades quais sejam: governos; organismos multilaterais internacionais; instituições públicas e associações representativas do segmento público; e instituições privadas e associações representativas do segmento privado. Observamos que, no processo político, a articulação dos interesses e dos posicionamentos dessas quatro entidades influenciou as políticas públicas que favoreceram a expansão do segmento privado e encolhimento do segmento público. Como consequência, foi possível verificar, de um lado, que houve o abandono da concepção da educação como um bem público e direito de todos e, com isso, o sucateamento das instituições públicas e; de outro, a adoção da concepção da educação como um bem privado e comercializável, ou seja, uma mercadoria e, com isso, o incremento das instituições privadas.
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