Mobilidade docente e identidade profissional
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.29.6287Palavras-chave:
Portugal, Mobilidade docente, Identidade profissional, Profissionalidade, Desenvolvimento profissional, Trabalho colaborativoResumo
Os professores portugueses dos ensinos básico e secundário estão sujeitos a um processo de mobilidade, imposto por um modelo de colocação centralizado nos serviços do Ministério da Educação. O presente estudo centra-se nas implicações da mobilidade na formação e construção da identidade profissional do professor. Para a concretização deste propósito, optámos por uma abordagem qualitativa, numa perspetiva fenomenológica, tendo por base a realização de entrevistas semiestruturadas a um conjunto de professores com um historial de mobilidade. Mediante a análise de conteúdo das entrevistas, concluímos que, perante uma situação de mobilidade frequente, os professores experimentam sentimentos e emoções que, associados à precariedade e instabilidade vivida, são geradores de mal-estar, com reflexos na profissionalidade. A mobilidade tem impacto na motivação pessoal e profissional dos professores; no desempenho profissional; na relação com a comunidade; no compromisso com os projetos educativos e no desenvolvimento profissional. Os professores revelam alguma frustração e algum desencanto em relação à profissão, resultante da mobilidade, mas também em relação a outros aspetos que afetam a escola, mantendo, no entanto, o seu profissionalismo. Os efeitos da mobilidade apontados são suficientes para se defender uma alteração das políticas de colocação dos professores no sentido de uma maior estabilidade.
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