Por que os movimentos opt-out em sistemas de responsabilização de baixa consequência são bem-sucedidos (ou fracassam)? Um estudo de caso da Rede de Escolas Desobedientes na Catalunha
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.30.6330Palavras-chave:
movimento de opt-out, prestação de contas de baixo risco, testes padronizados, movimentos sociais, política educacionalResumo
Avaliações externas e padronizadas com base nos resultados dos alunos são uma política educacional contestada entre os atores da escola. Movimentos de oposição surgiram em diferentes países, especialmente em contextos com sistemas de high-stakes accountability. No entanto, esse fenômeno não foi analisado em sistemas de responsabilização soft. Este artigo analisa as razões que explicam o surgimento e o sucesso (ou não) movimento opt-out na Catalunha, entendido como um movimento anti-padronização em um sistema de soft accountability. Para tanto, adotamos a abordagem do estudo de caso como estratégia metodológica, a partir da triangulação de entrevistas semiestruturadas com ativistas (n = 14), principais stakeholders (n = 3) e análise documental e de imprensa (n = 25). Os resultados lançam luz sobre a emergência e a natureza do movimento, sua estrutura de oportunidades, as estruturas discursivas e os repertórios de ação coletiva. Nossos resultados mostram como os instrumentos de responsabilidade têm uma ’vida própria’ além de sua concepção de política. Nesse sentido, o movimento de opt out na Catalunha identifica potenciais riscos e efeitos adversos semelhantes aos relatados em sistemas de alto risco, desenvolvendo um repertório de ação coletiva e estruturas discursivas semelhantes a outros movimentos anti-padronização emergentes em contextos high-stakes.
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