Redes políticas na educação brasileira: O caso da Base Nacional Comum Curricular
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.31.8233Palavras-chave:
redes políticas, parceria público-privado; , filantropia, qualidade da educação, discursoResumo
O foco deste artigo é o de evidenciar como a filantropia e o terceiro setor disputaram espaços na política de centralização curricular, via Base Nacional Comum Curricular (BNCC), reforçando a necessidade de o Brasil investir nessa política para avançar na qualidade da educação. Apoiamo-nos nos estudos de Stephen Ball sobre a nova filantropia e governança no imaginário neoliberal, aprofundando a leitura pós-estrutural já apontada por este autor, por meio de Wendy Brown e da teoria do discurso de Laclau & Mouffe. Como percurso teórico-metodológico interpretamos as ações discursivas de redes políticas, com destaque para a Fundação Lemann; o Movimento pela Base; o Movimento Colabora e o Todos pela Educação, escolhidos por serem considerados os principais agentes da mobilização em defesa da BNCC no período de 2017-2022. Defendemos que tais redes políticas produzem discursos que legitimam e dão subsídio para que a BNCC seja interpretada como um consenso em direção à aprendizagem desejada, reforçando a política de centralidade curricular, associada à defesa da necessidade de um Sistema Nacional de Educação (SNE). Salientamos, ainda, a força que esses discursos assumem quanto maior é a transitividade de atores sociais entre as instâncias pública e privada.
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