Análise discursiva de falas LGBT: Formações discursivas e a constituição de sujeitos e sentidos
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.29.6316Palavras-chave:
análise de discurso, LGBT, Michel PêcheuxResumo
O artigo discute os gestos de interpretação de sujeitos LGBT e seus processos de identificação, descrevendo a relação do sujeito com as memórias deste campo. Realiza, também, uma escuta discursiva de seus dizeres acerca de si mesmos desde suas condições de produção e analisando os processos pelos quais sujeitos e sentidos se (des)fazem, considerando a heterogeneidade constitutiva do dizer. Assim sendo, perguntamos: Como sujeitos LGBT produzem dizeres sobre si mesmos? Que sentidos são evidenciados ao serem convidados a falarem a respeito de suas experiências? O que significa fazer parte deste grupo? Michel Pêcheux (1997, 2024) foi o referencial teórico principal, entre outros. O trabalho empírico envolveu entrevistas semiestruturadas endereçadas a dois homens gays, uma mulher bissexual e uma travesti não-binária que se identificou como pansexual, com idades entre 20 e 50 anos. Concluímos que, afetados, de modo contraditório e tenso pela normatividade e pela insistência em existir apesar dela, os sujeitos se constituem a partir de sua identificação, ou não, com saberes circulantes em formações discursivas antagônicas que são manifestação de uma formação ideológica dos costumes. Ressoam, da relação de forças entre as formações discursivas, efeitos de sentido de expurgo, cerceamento, esperança e humanidade.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Dóris Maria Luzzardi Fiss, Lucas Carboni Vieira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.