Especialistas em educação, promoção, influência da mídia
DOI:
https://doi.org/10.14507/epaa.v23.1706Palavras-chave:
definição da agenda, tomada de decisão, política educacional, especialização, difusão de informações, política de influência, políticaResumo
Os esforços de muitas organizações para promover suas políticas, apesar de evidências conflitantes sobre a eficácia dessas políticas, levantam questões sobre os fatores que moldam uma defesa política bem-sucedida. Enquanto muitos possam pensar que os níveis de “expertise” são essenciais para influenciar debates de políticas públicas em diversas áreas, há uma já tradicional desconexão entre a resultados de investigação e a formulação de políticas, em vários campos, inclusive na educação. Além disso, os esforços de muitas organizações para promover a sua política sugerem que estas veem vantagens em outros fatores além da “expertise” para avançar sua interpretação de evidências de pesquisa para uso em processos de formulação de políticas. Nossa hipótese é que algumas das instituições de ensino mais influentes estão avançando suas agendas através da participação nos meios de comunicação e com base em indivíduos com boa penetração na mídia, que podem não ter experiência em educação como tradicionalmente definida. Portanto, a nossa hipótese é de que o impacto midiático está mal conectado com a “expertise” educacional. Na verdade, na análise de diversos indicadores de “expertise” e penetração dos meios de comunicação, encontramos uma relação fraca entre experiência e impacto mediático, mas encontramos uma penetração significativa na mídia por pessoas que trabalham em uma sub-amostra de organizações promovendo o que chamamos de “incentivadores” de reformas educativas, apesar dos baixos níveis de especialização. Descobrimos que essas organizações são particularmente eficazes em engajar novas formas de comunicação para atingir diretamente o seu público. Uma discussão sobre as implicações políticas é apresentada nas conclusões.