Modelos de Valor Agregado da Eficácia Docente

Resumo

O recente interesse político de relacionar resultados da aprendizagem dos alunos com as avaliações de professores ocasionou uma crescente utilização de Métodos de Valor Agregado (MVA) para avaliar ganhos na aprendizagem dos alunos. Análises MVA são baseadas em hipóteses complexas sobre o papel das escolas, dos variados professores, das competências e empenho dos alunos e do ambiente familiar na produção de aumentos mensuráveis da aprendizagem dos alunos. Este artigo discute trabalhos que examinam a estabilidade das classificações dos professores de ensino médio em condições diferentes. Descobrimos que as avaliações de eficácia do ensino de um professor podem variar consideravelmente a partir dos diferentes modelos estatísticos, das aulas ministradas e dos anos de experiência. Além disso, características dos estudantes podem modificar drasticamente a classificação dos professores, mesmo que tais características tenham sido controladas estatisticamente nos MVA. Professores que ensinam alunos mais desfavorecidos em um determinado curso ou série recebem avaliações de desempenho inferiores do que o mesmo professor ensinando alunos mais favorecidos em outro curso ou série. Modelos que não levam em conta as características demográficas dos estudantes podem prejudicar professores que atendem um grande número de alunos de baixa renda, com habilidades limitadas em inglês ou que estão em cursos considerados fracos. Examinamos um grande número de possíveis razões para estes resultados, incluindo a natureza específica das medidas de avaliação e os métodos estatísticos utilizados. Concluímos que é necessário muito cuidado  ao se fazer inferências sobre a eficácia dos professores  com base em Modelos de Valor Agregado (MVA), especialmente para determinar  resultados que podem ter consequências graves (tais como a promoção de um ciclo para outro).